Naturopatia
Origens da Naturopatia
- Os princípios da Naturopatia foram usados pela primeira vez pela Escola de Medicina Hipocrática em cerca de 400 a.C.
- Podemos identificar as suas origens na Grécia antiga e em Hipócrates, que consideravam que as doenças deveriam ser tratadas primeiro através de elementos da Natureza e por mudanças no estilo de vida e só como segunda abordagem com fármacos ou químicos.
- O filósofo grego acreditava no tratamento da pessoa como um todo, em encontrar uma causa da doença e usar as leis da natureza para induzir a cura.
O que diz a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a Naturopatia
- A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a Naturopatia como a 3ª Medicina Tradicional em todo o mundo, após a Medicina Ayurvédica (Medicina Tradicional Indiana) e a Medicina Tradicional Chinesa.
- A OMS reconhece a Naturopatia como uma terapia complementar à Medicina Ocidental.
Definição de Naturopatia
- A medicina naturopática é um sistema de cuidados preventivos de saúde que analisa a pessoa como um todo, ao focar-se no Mental, Energético, Emocional e Físico do indivíduo, e principalmente na interação entre eles.
- O seu papel é, sobretudo, promover o bem-estar e equilíbrio do corpo. Há cada vez mais patologias associadas ao estilo de vida para as quais a Naturopatia, pelo seu papel educador e de responsabilização, pode ter a resposta indicada.
- Segundo a Portaria nº 207-A/2014, publicada em Diário da República, um ano depois desta prática ter sido reconhecida pelo Estado Português, a Naturopatia é uma: “terapêutica que estuda as propriedades e aplicações dos elementos naturais, a fim de prevenir a doença e manter, promover e restaurar a saúde, recorrendo ainda ao aconselhamento dietético naturopático e à orientação sobre estilos de vida e utilizando a fitoterapia, a homeopatia, a hidroterapia, a geoterapia, as terapias da manipulação e outros métodos afins.”
Princípios da Naturopatia:
- Vis medicatrix naturae – O poder da auto-cura: o organismo tem capacidade própria para criar, manter e restabelecer o estado de saúde. Continuamente vai-se adaptando aos desequilíbrios, ao utilizar mecanismos de auto-regulação para manter a homeostase. O organismo tem capacidade de identificar e remover o que impede a sua recuperação. A Naturopatia actua para remover os obstáculos à auto-cura, ao apoiar, facilitar e aumentar as capacidades curativas inerentes do organismo.
- Tolle totum – Tratar a pessoa como um todo: a saúde é o resultado de vários aspectos que inclui uma dimensão física, mental, emocional, genética, energética, ambiental, social, espiritual, entre outras. A natureza multifactorial da saúde exige uma abordagem abrangente e personalizada, para o diagnóstico e tratamento. A Naturopatia aborda a pessoa globalmente, levando em conta todos estes factores.
- Tolle causum – Tratar as causas e não os sintomas: todas as doenças têm causa(s). Para que a pessoa se recupere completamente é necessário identificar e remover a(s) causa(s) subjacente(s), que podem ser de origem física, emocional, mental, energética, espiritual. Sintomas são a consequência, e não a causa, da doença. O tratamento não deve ser orientado para os sintomas, que são apenas o resultado do esforço do organismo para se reequilibrar
- Primum non nocere – Antes de tudo, não causar dano: o organismo tem capacidade de se auto-curar. Portanto, o papel da Naturopatia deve ser, antes de mais nada, não atrapalhar este processo. Na visão da Naturopatia os sintomas são o resultado da acção dos mecanismos de auto-regulação na busca pelo equilíbrio, por isso não se deve combater os sintomas, mas sim ajudar estes mecanismos no seu trabalho. A intervenção terapêutica não deve suprimir os sintomas, pois isso interfere no processo de cura. A acção terapêutica deve utilizar os métodos mais naturais, menos invasivos, menos supressivos e tóxicos.
- Docere – Ensinar: a origem da palavra “Doutor” é professor. Um dos principais objectivos da Naturopatia é educar o paciente e enfatizar a sua responsabilidade para com a saúde. O Naturopata como Mestre compartilha conhecimentos para que as pessoas tratadas tenham autonomia sobre sua própria saúde, além de motivar ao autoconhecimento.
- Prevenire – Prevenção: a prevenção é melhor que a cura. Afastar o indivíduo dos factores de risco, potenciar a educação do paciente e desenvolver acções que promovam a saúde e um estilo de vida saudável. Aplicar as terapias que melhorem a capacidade auto-imune e mantenham o bem-estar total do indivíduo.
Referências bibliográficas:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/